Sobre "O som que o machado faz ao sair da cabeça", de Gustavo Melo Czekster
O som que um conto faz ecoando na cabeça por Cassionei Niches Petry Este texto seria já de antemão para tecer elogios ao novo livro de um escritor que admiro muito, sobre o qual já escrevi outras resenhas ( aqui e aqui ) e, por isso, sei de sua qualidade. Além disso, ele teve a generosidade de escrever a orelha de um dos meus livros . A leitura estava ocorrendo bem, as anotações antecipavam loas ao autor, à sua capacidade de prender o leitor com narrativas envolventes até deixá-lo na beira do abismo, com os finais em suspenso, e de como ele se joga em temas que podem cair na pieguice. No entanto, um dos contos me deu raiva, muita raiva. O escritor porto-alegrense não poderia ter escrito essa história, que se passa na minha cidade, Santa Cruz do Sul, que ele reinventa como se fosse sua, criando mistérios e fantasmas que nunca existiram. Pelo que sei, o autor tem parentes ou amigos que vivem aqui. Isso, porém, não lhe dá esse direito. Ele contou uma história que eu deveria t...





