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Contei uma história curiosa, envolvendo minha família. Meu bisavô, José Altivo Pereira dos Santos, gostava muito de ler. Resolveu, então, batizar seus filhos com nomes referentes à literatura. Um dos seus livros preferidos era “As minas do rei Salomão”. Quando meu avô nasceu, meu bisavô queria que se chamasse como o personagem principal, Allan Quartmann. Como o escrivão não aceitou nome estrangeiro, o nome foi aportuguesado para Allão Quartemar.
*
Não tive contato com meu bisavô, que morreu bem antes de meu nascimento. E meu avô, que eu chamo de rocha da família, não é muito chegado às letras, bem como meus pais. Por isso, apesar desse antecedente literário, não tive contato com os livros quando pequeno, porém aprendi a ler sozinho. Como? Bem, não me lembro como conheci o alfabeto, mas quando iniciou a propaganda eleitoral na TV, isso em 85 ou 86, comecei a ler o nome dos candidatos juntando as letrinhas e ficava furioso quando as palavras saíam da tela. Vejam só, devo minha alfabetização aos políticos!
Quando viram que eu estava começando a ler, meus familiares me davam tudo que tivesse alguma coisa escrita para ler, desde papel de bala a trechos de jornal, para poderem mostrar o “prodígio” da família. Os livros só entraram na minha vida na escola mesmo. Quando eu acabava as lições, a professora Maria Geci me levava para biblioteca e aí, num mundo de sonho e fantasia, fiz dos livros meu lar.
Comentários
Sinceramente... Coitado do teu avô. ;)
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Falou sobre tua professora, lembrei que meu primeiro livro eu ganhei na primeira série, de aniversário, da minha primeira professora! *-* [Sem contar a pré escola]
Professoreeess... Ai ai ai...
Saudades deles...
Achei interessante seu post. A propaganda eleitoral, de certa forma, parece ser útil. Vou me recordar disso quando essa época chegar.
Eu tenho o meu, guardo com maior carinho. :)
Para mim, são prefessores [as] como esses [as] que fazem a diferença.