É a roda
Ponho Paganini para ouvir. Concerto para violino número 3. A
orquestra introduz o tema. O solista, mais adiante, entra sozinho, dialogando,
depois conduzindo os outros instrumentos, impondo, de certa forma, sua
individualidade. É a representação sucinta de um indivíduo que se diferencia do
coletivo, não significando exatamente que esteja sendo egoísta.
Artistas como Paganini externavam, através da arte, o que
sentiam. Gênios incompreendidos que encontravam justamente nessa incompreensão
o seu sucesso. Parece paradoxal, mas muitos pintores, músicos, cineastas e
escritores acabaram sendo reconhecidos dessa forma, claro que na maioria das
vezes depois de anos de suas realizações. Outros nunca alcançaram êxito. É a
roda.
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