Mais um trecho das notas sobre o processo de criação do meu romance "Os óculos de Paula"
XXII.
Marcelo
Gleiser (1997, p.11), em seu livro A
dança do universo, discute a questão de “por que existe algo ao invés de
nada”. Essa questão pode ser abordada no sentido literário da criação. Afinal,
por que existe um livro? Por que escrever algo? Por que criar histórias? Por
que escrever mais livros se já existem muitos? Por que estou escrevendo esse
livro?
Mais
adiante o autor escreve que “quando nos deparamos com
a questão da origem de todas as coisas, podemos discernir uma clara
universalidade do pensamento humano. A linguagem é diferente, os símbolos são
diferentes, mas, na sua essência, as ideias são as mesmas” (p.18). Pensando mais uma vez no sentido
literário, um dos mitos existentes para a criação são as
Musas. Filhas de Zeus (Júpiter) com Mnemósine (Memória), “são as fontes
inspiradoras que comunicam aos homens a faculdade poética e lhes ensinam as
cadências” (MENARD, 1991, p.54).
Carrero,
no entanto, escreve: “Os inspirados esperam pelas musas. Ou por Baco, na
segunda cerveja do bar da esquina. Equivocados.” (2005, p.59).
O trabalho pode ser lido na íntegra aqui: http://btd.unisc.br/Dissertacoes/CassioneiPetry.pdf
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