Leia “Aranhas”, de Carlos Henrique Schroeder (microrresenha)


 

 O escritor como uma aranha. O livro como uma teia, com suas ramificações, se se pode dizer dessa forma. O leitor é a presa. Que aranha seria Carlos Henrique Schroeder? Alguma que ele citou em seu livro de contos, Aranhas, lançado por outro aracnídeo, a Editora Record? Ou outra espécie que ficou de fora?

Ao relacionar as pessoas com espécies de aranhas, Schroeder nos diz que o ser humano é esse ser frágil, que pode ser pisado facilmente, mas que por outro pode ter um veneno perigoso, pode se esconder, dar o bote na hora certa, marcar seu território, enredar seus inimigos, sugar suas forças. Ou apenas pode assustar com sua aparência, porém ser inofensivo, e por isso pagar caro por não ser quem realmente aparenta. Temos medo de aranhas, mas elas também têm medo dos humanos. Nós temos medo de nós mesmos.

A natureza, por fim, mostra que somos parte dela e não seus donos. É preciso que os pequenos seres nos mostrem isso.

Comentários

Mensagens populares