Anotações no meu Moleskine (VI)


29/12/2010
A vida de David Gale
Um daqueles filmes que tem de tudo um pouco: filosofia, vida acadêmica, arte (principalmente ópera), ética jornalística, discussão sobre a pena de morte, religião, etc.

30/12/2010
Perguntaram a Kafka se a Metamorfose era uma confissão. Ele disse: "Não, é uma indiscrição".

11/02/11
Em Fahrenheit 451, Faber, um professor de Filosofia, diz a Montag que não interessa mais o livro como objeto, mas sim o que ele contém. No final da história, as pessoas são livros, decoram livros, etc. Ou seja, a discussão do e-book não deveria tratar do fim do livro, mas simplesmente do conteúdo, pois só muda o suporte. O que me preocupa é o exagero de interatividade e imagens em movimento que querem colocar no e-book. Aí o livro deixa de ser livro mesmo.

Comentários

Iuri disse…
Acho que será isso mesmo: o livro continuará sendo livro, ou seja, uma unidade composta essencialmente de texto em diferentes plataformas (inclusive em papel), e os “e-books” (ou seja lá o nome que pegar) serão outra coisa. Assim como filme é uma coisa e um videogame do filme é outra. Além do videogame poder ser algo em si mesmo, ou até gerar um filme... O que me parece haver são somatórios de meios de registro, expressão, fruição. E hibridizações. Por aí.

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