Diário de um fracasso anunciado: as angústias da criação (IV)
19/01/2012
Há uma pilha de livros
sobre criação literária ao meu lado. Depois de escrever os dois últimos
artigos, ou melhor, ensaios para disciplinas do mestrado, agora é mergulhar na
dissertação e no romance. Para quem está lendo meu blog pela primeira vez, meu
estudo será sobre o processo de criação da narrativa longa que estou
escrevendo, e isso envolve a leitura de textos sobre o assunto. Mas como esse
diário é sobre o possível fracasso que será meu livro, vou falar sobre outros
dois fracassos anunciados.
Tenho prontos dois
livros para serem publicados. Prontos é força de expressão, porque estou sempre
tentando melhorar alguma coisa neles. Um é de contos, um projeto antigo, e que
está nas mãos de uma editora aqui da cidade. Iria sair no início do ano
passado, depois passou para o final do ano e agora, talvez, saia em 2012. Esse já
é um fracasso antes de ser publicado. Confesso que, como sempre, as esperanças
são poucas, mas é o livro que está mais próximo de sair da gaveta.
O outro é uma
narrativa infantil, já negado por uma grande editora. Fracasso na primeira tentativa
ousada. O projeto surgiu a partir de um conto do livro anterior, que foi
ampliado. Talvez ainda mande para um concurso recente que teve as inscrições
prorrogadas. O prêmio é a publicação e um adiantamento de 30 mil reais. Aliás,
devido à produção dos ensaios, perdi o primeiro prazo. Seria um bom sinal a
prorrogação? Como diria o grande filósofo contemporâneo, mago, imortal e escritor
podre de rico Paul Rabbit, o universo conspira sempre a nosso favor. Se passar
no concurso, prometo que lerei pelo menos um livro inteiro do parceiro do Raul
Seixas. Farei esse esforço. Juro por... ah, deixa pra lá.
Sobre o romance, posso
dizer que os leitores do blog já leram partes dele sem o saber. Com certeza
haverá uma dedicatória aos leitores mais constantes, principalmente aqueles que
comentam. Isso, claro, se o livro um dia for publicado.
Comentários