Um pequeno balanço do ano

O ano que termina foi de mudanças positivas para mim, tanto como escrevinhador e professor, quanto nas questões familiares e pessoais.

Deixando essas últimas de fora, falo primeiro sobre o professor. Nesse ano consegui ser transferido, em algumas aulas, para Santa Cruz, diminuindo o tempo que eu perdia todos os dias indo para a cidade vizinha de Venâncio Aires. Passei a lecionar bem perto de casa. Depois fui chamado para entrevistas em duas escolas particulares, o que me fez sentir bem valorizado, apesar de não ser selecionado para trabalhar. No fundo até gostei, pois ambas eram escolas ligadas a uma rede religiosa de ensino, o que seria um sacrifício para um ateu. Além dessas duas, fui chamado para trabalhar também em uma escola particular de ensino de jovens e adultos, mas não gostei do método de ensino. No final do ano, participei de uma seleção de mestrado, na qual os três primeiros lugares ganhariam bolsa. Fiquei em 4º. Frustração para fechar o ano, pois sem bolsa eu não conseguiria fazer o tão almejado mestrado, que me proporcionaria num futuro próximo ser professor universitário. Mas eis que nos últimos dias, uma notícia auspiciosa... bem, ainda não vou revelá-la. Vai que dê tudo errado de novo.

Um pouco desse reconhecimento se deve ao início de minha colaboração fixa no jornal Gazeta do Sul. Já há tempos mandando esporadicamente resenhas ou crônicas para o jornal, intensifiquei minhas escrevinhações no final de 2009. Em virtude disso, o Mauro Ulrich, editor dos cadernos Mix e Magazine do jornal, me convidou para escrever quinzenalmente de forma fixa, mas não remunerada, sobre livros, nas quartas-feiras. Disse que as resenhas estavam tendo uma repercussão muito boa. Claro que aceitei, pois era um dos meus grandes objetivos ser uma espécie de crítico literário. Passei, inclusive, até a receber livros da Companhia das Letras. É muito bom ouvir pessoas que eu nem imaginava dizendo que leem meus textos.

Indiretamente acabei realizando um sonho: ser cronista do jornal da minha cidade. Não sou, na verdade, até tentei (o Mauro me cortou, disse que não havia espaço para crônica). Não passo de um escrevinhador sobre livros e eventualmente publico algo na seção de opinião do mesmo jornal. No entanto, o Moacyr Scliar, em uma das vezes que me citou entre as pessoas que se comunicam por e-mail com ele na sua coluna no caderno Donna da Zero Hora, me intitulou de cronista da Gazeta. Se o imortal da Academia Brasileira de Letras, um dos escritores mais importantes do Brasil, disse isso, está dito!

2011 promete, principalmente porque, em princípio, será publicado meu primeiro livro, além de outras possibilidades que estão se abrindo. Não traço mais metas há muito tempo. Vou fazendo e as coisas vão acontecendo como consequência. Como lema, vou seguir sempre os versos do Paulinho da Viola: “As coisas estão no mundo, só que eu preciso aprender.”

Ah, e nos últimos dias desse ano aprendi a cozinhar, para alegria da patroa. A gastronomia é uma arte na qual preciso me aprofundar. Cozinhar mais e comer menos.

Comentários

Anónimo disse…
Saudações, meu caro!

Textos lidos!

Grande abraço e muito sucesso em 2011!!!

Márcio Nietsche
Cassionei Petry disse…
Obrigado, Márcio.
Um ótimo 2011.
Roberto Belli disse…
Parabéns, Cassionei! Muito sucesso pra você. Vou ficar de olho no seu blog para saber de seu livro. Quer ser um dos primeiros a comprá-lo!
Cassionei Petry disse…
Obrigado, Roberto. Mas antes tenho que comprar um dos seus. Abraço.
Carlinus disse…
Parabéns, Cassionei. Sempre que posso acompanho o seu blog. O material dele me atrai por tratar de duas matérias para as quais eu tenho uma inclinação - literatura e filosofia.

A propósito: você é professor de quê?

Abraços e feliz 2011.
Cassionei Petry disse…
Sou professor de Português, Espanhol e Literatura, mas lecionei durante anos Filosofia.
Feliz 2011 para você também.

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