O leitor diante das lombadas dos livros
Passando os dedos
pelas lombadas de suas estantes, o leitor se sente O exército de um homem só e As
armas secretas são os livros que causaram A metamorfose em sua vida. Histórias
extraordinárias que o fizeram refletir sobre A comédia humana, as Vidas
secas, as Vidas sombrias, as Vidas amargas que percorrem uma Odisseia neste Vasto mundo Além do bem e do
mal.
Visto como um Dom Casmurro por quem não entende seu
modo de viver, ele percorre A biblioteca
de Babel em miniatura que chama de A
toca, sempre indeciso sobre que obra escolher. Quem sabe algo sobre Os miseráveis deste Admirável mundo novo, Pequenas criaturas que nutrem Grandes esperanças e saem à procura de Um lugar ao sol nesses Dias perdidos, lutando como Os três mosqueteiros ou Dom Quixote de la Mancha.
Ou então talvez
possa procurar algo para ler sobre O país
do carnaval, também chamado de Brasil,
o país do futuro, que vive De jogos e
festas, com As meninas em seus Corpos divinos nas praias, que tem Ligações perigosas em Brasília, que
assiste a Novelas nada exemplares na
televisão e a Cenas indecorosas nas
ruas, comete assassinatos A sangue frio...
A maioria da população, no entanto, corre Em
busca do tempo perdido, na Saga
de desbravar Os sertões, pescar no Mar absoluto, plantar Cacau, cultivar Essa terra, sentir a Navalha
na carne, vivendo A via crucis do
corpo, A luta corporal do dia a
dia, sendo O equilibrista do arame
farpado, sempre sobre O fio da
navalha, batalhando Como se moesse
ferro, o que faz o leitor gritar Viva
o povo brasileiro, ao mesmo tempo em que pergunta Que país é este?
Quem sabe procure um
livro que o faça sentir O som e a fúria das
emoções humanas, positivas ou negativas: Do
amor, passando para a Felicidade
clandestina e Provavelmente alegria, podendo
ter seu momento de Bom dia, tristeza
ou chegar Nos cumes do desespero, sofrendo A paixão medida, A dor, tendo O medo à espreita, Temor e tremor.
É O óbvio ululante que A verdade de cada dia está nos livros que o leitor lê. A literatura
o faz refletir sobre a Angústia dA condição humana, o Crime e castigo que é viver, O processo de Guerra e paz que vive o mundo, mais guerra do que paz, é verdade. Os sinos da agonia batem sem dó, as Malditas fronteiras nos separam, A barca dos homens afunda, a Ópera dos mortos toca seus primeiros acordes,
Tambores silenciosos anunciam tempos
sombrios e declaram que A vida é breve e
O inferno tão temido é aqui e agora.
A Última quimera do leitor, sua Utopia, é ouvir uma Música ao longe que indique que O
sol é para todos, que podemos dar A
volta por cima e alcançar a Graça
infinita. Inocência do leitor, é claro. Resta realizar O inventário do irremediável, refazer Caminhos e Descaminhos, reavivar Histórias e sonhos e não deixar Nenhuma
paixão desperdiçada.
Final do jogo.
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Que o sabor táctil de todas essas vozes tenha se abrigado nA Montanha Mágica que é viver.
Um abraço!