Muito bom. Nunca imaginei o Rubem Fonseca assim. Surpreendente mesmo. Agora estou esperando o Dalton Trevisan sair da sua caverna e se revelar humorista de stand-up comedy.
Fiquei um tanto decepcionado! Vejo esses autores reclusos como ilhas de resistência contra a exposição rock´n´roll (veja o texto na cia das letras do Teron) na mídia, e se predisporam a isso, não deveriam enfraquecer a intenção na velhice. Tenho como base Pynchon, outro grande recluso. É quase certo que é ele que narra o trailer promocional de Vício Inerente, lançado na campanha de divulgação. Acho que os fãs não apreciariam muito que ele desse as caras, pelo menos desse jeito tão evidente como fez Fonseca. Mas há uma enorme diferença entre a atitude dos dois: Fonseca há muito não escreve nada de valor, há muito MESMO, chegando a fazer que um fã inamovível como o Bressane escrevesse um texto pedindo pelamordedeus que ele não escrevesse mais nada, só gerisse o que já havia escrito. Pynchon ainda está à toda no front, escrevendo cada vez mais magnificamente. Fazer gracinhas ao vivo só evidencia sua senilidade artística.
Sobre Cheterton, acho que vc iria gostar muito de um voluminho da L&PM, chamado A Inocência do Padre Brown.
Máquinas narcisísticas acabam esmagando o escritor e escorrendo dele um caldo doce -- porque nada tem a ver com a escrita -- para um indivíduo que é consumidor antes de leitor. Daí as entrevistas feitas em esteira de produção: estantes ao fundo, escritor falando sobre mercado, você gosta de ebooks?, e blogs?; tudo, exceto literatura. E daí, também, esse tipo de palestra.
Eu diria que a mesma lógica acima acaba se dando, também, nas salas de aula. Enfim, outro caso...
Conheço nada do Pynchon. Quero, mas não é muito comum eu ter dinheiro pra livros (quando tenho, gasto uns trinta reais numa penca de livros de sebo). Vou procurar um ebook agora mesmo, ao menos para provar um pouco.
Obrigado pelos comentários. Charlles, estou tentando ler o Axilas, do Rubem. Os dois primeiros contos muito ruins. Mas, assim como fez o Idelber com relação ao Cortázar, não dá pra condenar o homem. João, acredito que o Rubem se sentiu muito à vontade para falar lá, o que não acontece cá. Ele não precisa ser doce com ninguém. Mas concordo que a maioria faz só pose para vender.
Comentários
Agora estou esperando o Dalton Trevisan sair da sua caverna e se revelar humorista de stand-up comedy.
Sobre Cheterton, acho que vc iria gostar muito de um voluminho da L&PM, chamado A Inocência do Padre Brown.
Abraço.
E daí, também, esse tipo de palestra.
Eu diria que a mesma lógica acima acaba se dando, também, nas salas de aula. Enfim, outro caso...
Conheço nada do Pynchon. Quero, mas não é muito comum eu ter dinheiro pra livros (quando tenho, gasto uns trinta reais numa penca de livros de sebo). Vou procurar um ebook agora mesmo, ao menos para provar um pouco.
Charlles, estou tentando ler o Axilas, do Rubem. Os dois primeiros contos muito ruins. Mas, assim como fez o Idelber com relação ao Cortázar, não dá pra condenar o homem.
João, acredito que o Rubem se sentiu muito à vontade para falar lá, o que não acontece cá. Ele não precisa ser doce com ninguém. Mas concordo que a maioria faz só pose para vender.