"Eles"
Quem são eles?
Quem eles pensam que são?
3ª do plural,
Engenheiros do Hawaii
Eu só queria escrever
uma história sobre vampiros. Estava na moda, pelo menos quando comecei a
escrevê-la. Já na metade do livro, porém, os zumbis passaram a tomar o lugar
dos dentuços e, perto do final, apareceram os anjos. Nessa altura dos acontecimentos,
o livro foi para a lixeira do computador. Começo a escrever agora um novo
livro, que não será uma criação original minha, mas sim deles. Quem são “Eles”?
“Eles” serão os protagonistas dos próximos best-sellers, segundo eles próprios
me informaram. E eu serei o escritor de maior sucesso. É o que estão me
garantindo, se seguir suas orientações.
A minha inspiração
surgirá numa realidade que eu devo construir sob orientação deles. É só reescrever
literariamente os textos dos manuscritos que me serão entregues nos próximos dias,
sem uma regularidade estabelecida. Já recebi o primeiro hoje. Depois de feito o
serviço, posso publicar o romance. Dizem que, se eu mandar para qualquer editora,
o livro será publicado.
Disseram-me também que
eu devo postar nas redes sociais o que estou escrevendo. Farei isso, mas com
pseudônimo, Robert Marston. Quero ver a reação das pessoas sobre a história,
seus comentários e, por que não, sugestões. Sei que para vocês, leitores, tudo
isso pode parecer loucura, que as vozes que ouço e os manuscritos que vou receber
são imaginações de uma mente perturbada. Para mim, tudo é real. Não quero,
porém, ser apontado na rua ou ter meu nome manchado nas redes sociais. Por isso
o pseudônimo. Um dia, talvez, mostre os manuscritos.
Durante a semana,
posto o primeiro capítulo. Espero que as reações sejam positivas, mas podem ser
negativas também, desde que façam a história repercutir. Tenho medo de não
corresponder às expectativas deles. Não sei o que acontecerá comigo se
falhar. Ainda não sei exatamente quem
são “Eles” e do que são capazes de fazer.
(Vou postar aqui as narrativas do blog http://robertmarston.blogspot.com.br/, pois será apagado.)
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