Diário crítico (3) e Egopress
Esqueci de citar o Sérgio Milliet como uma das referências
para este diário, inclusive no título.
*
Relendo o livro de contos “Enquanto água”, do Altair
Martins. Vai escrever bem assim lá em Porto Alegre! Resolvi reler alguns livros
do Altair antes de ler o seu mais recente romance, “Os donos do inverno”. Um
autor muito importante para mim, uma referência de jovem escritor no final dos
90, detentor de prêmios de contos. Depois tive a honra de ser lido por ele, que
fez umas críticas pontuais a um dos meus contos, o que me fez reescrevê-lo. Ele
achou que ficou pior, outros gostaram, enfim, mas fui lido por uma grande
referência! Poucos vão entender o orgulho de um cara do interior, morando num
chalezinho humilde no morro, ser lido e elogiado pelo Altair e também pelo
Scliar. Como não sou tão bobo, mesmo sendo um zero em marketing pessoal, usei
trechos dos e-mails que recebi deles na quarta capa do meu primeiro livro.
*
Enviando atividades para os meus alunos, ainda no ensino
remoto, fazendo a gurizada ler um pouco de Érico Veríssimo, mesmo que trechos.
Feliz aquele que lê o EV pela primeira vez.
*
Teve hoje crônica minha na Gazeta, um exemplar do meu último
livrou chegou às mãos de uma leitora hoje e uma resenha poética do Gerson Nagel
sobre o romance foi publicada em uma de suas redes sociais (a foto que ilustra o
post é do poeta):
Segue
minha versão não autorizada para a resenha de "Relatos Póstumos de um
suicida": Um escritor frustrado, professor mal pago e pouco reconhecido.
Um quebra cabeça a ser desvendado ou, espécie de Código Da Vinci provinciano,
me vejo penetrando este livro que me remete a outro, lido na infância. O
Relatos Póstumos... o mais recente livro de Cassionei
Niches Petry, um conterrâneo autor, apesar de tratar de um assunto
sério q aflige a maioria dos bons escritores, tem, por virtude, encarar de
forma irônica o suicídio. Chega a ser engraçado, o fato que levam certos
personagens a empurrá-lo ao abismo moral. Não é difícil perceber como estamos
cercados desses imbecis. Tem maior relação entre os não tão jovens, muitas
referências aos anos 80, fracassos amorosos e com os quais me identifico, o
rato de biblioteca, a roer aventuras e as loucuras quixotescas, de seres
inteligentes (sim, q ainda habitam essas páginas e de velhos jornais) e longe
iria mais. Como o texto nos e/leva imaginação a um velho Willy Wonka em busca
do novo herdeiro da fábrica de sonhos da padaria literária da esquina. É como a
morte do cantor na terra do nunca em Santa Cruz. Histórias reinventadas.
Perfeito. Texto fluido, com uns probleminhas pequenos de revisão, postos ali,
talvez, pra te relembrar: nenhum escritor é imortal, embora o sendo, de ofício.
Fico com as boas referências de Paul Auster a David F. Wallace, além de REM a
Pearl Jam, até Belchior. Tantos mais, como de um poemeu do livro Prometo não
invejar as gargalhadas diz: "quando morri, 32 já não tinha, dentes me arracaram".
Caro leitor, enquanto morria (de rir), com essa leitura do livro voltei. E
certamente, incomodou. Ngl*
*
Disco ouvido de cabo a rabo hoje: Gregorian - Masters of
Chant Chapter II.
Comentários