Diário crítico (8)
14 de novembro de
2020
O diário completou
uma semana. Milagres acontecem.
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Otto Maria Carpeaux
contesta que Poe seja o iniciador do romance policial. “A árvore genealógica é
muito mais aristocrática”, escreveu no ensaio “Crime literário”, da coletânea
“Livros na mesa”, apontando como percursor do gênero o escritor norte-americano
Charles Brockden Brown. Lógico que, se formos ampliar mais, podemos chegar até
ao “Édipo Rei”, de Sófocles, afinal, Édipo não empreende uma investigação para
descobrir quem matou Laio, seu antecessor no trono de Tebas? Mal sabia que ele mesmo
era o assassino. O leitor sabe.
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“Casa tomada”, do
Cortázar, é uma releitura de “A queda da casa de Usher”, do Poe?
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Como bem lembrou o
Gabeira na sua coluna de ontem no Estadão, já avisaram o presidente que a
pólvora foi descoberta pelos chineses?
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Já avisaram também
ao presidente que a cor dos Republicanos, partido de Trump, é vermelha?
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Livro lido hoje:
“Origens da linguagem”, Bruna Franchetto e Yonne Leite.
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